Motoristas que trafegam pela Rodovia Estadual Geraldo Sartório, a ES-164, que liga a BR-262 ao município de Vargem Alta, estão reclamando das obras de ampliação da rodovia, que estão paralisadas há quase dois anos. Alguns trechos apresentam risco para quem trafega pela pista.
A rodovia é uma das principais vias de ligação da região Serrana às praias do litoral Sul do Estado. A ordem de serviço para a reabilitação do trecho de 20,2 quilômetros, entre a BR-262 e a localidade de Castelinho, em Vargem Alta, foi assinada no dia 14 de março de 2009. A previsão seria inaugurar a obra no final do mesmo ano, mas até agora nenhum quilômetro foi finalizado.
Na obra que está parada, a previsão do governo do Estado seria investir R$ 24 milhões para a reabilitação da pista. As obras foram iniciadas e permanecem inacabadas em um trecho de aproximadamente cinco quilômetros. Nos outros 15 quilômetros onde a obra está prevista, nada ainda foi feito.
A empresária Lilia Mello, que possui uma pousada na região, alerta para o perigo das obras paralisadas. “Há uma curva causadora de inúmeros acidentes, próxima à Pousda Rabo do Lagarto, que precisa de intervenções urgentes. A precisão era que todas as curvas seriam retificadas. Mas, foram criadas inúmeras áreas de risco com os cortes de encostas que ficaram desprotegidas e a obra foi paralisada pouco tempo depois de todo estrago ter sido feito”, contou a empresária.
Ela disse ainda que os barrancos foram cortados, matas foram arrancadas e o afluente do Rio Jucu que margeia a estrada foi atingido. O motorista Gilberto Mendes, que trafega frequentemente pela pista, disse que já presenciou diversas situações de perigo. “A obra inacabada e os buracos que surgem na rodovia são riscos constantes para quem passa pela região. Algo precisa ser feito logo”, espera.
Por meio da assessoria de imprensa, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-ES) informou que após o início das obras a empresa vencedora da licitação solicitou a rescisão contratual. A segunda empresa colocada na licitação foi convocada para assumir as obras, porém, a mesma alegou não ter disponibilidade para concluir os trabalhos.
“O Departamento precisou adotar novos procedimentos licitatórios para contratar uma nova empresa. A licitação foi concluída e o órgão está tomando as providências administrativas que visam a assinatura da ordem de início das obras neste segundo semestre de 2011”, informou o DER-ES.
Sobre o problema causado ao rio, o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) informou, por meio da assessoria de imprensa, que “o DER cumpriu com as medidas ambientais exigidas pelo órgão para conter o assoreamento, como a implantação de barreiras que impedem o avanço dos sedimentos para o curso d’água”.
Fonte: Portal Montanhas Capixabas, 2011. Adaptação: Edição do Portal Noticias Martinenses, 2011
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